A cirurgia plástica se tornou destaque na mídia, no final de janeiro, após a morte da influenciadora digital Liliane Amorim, de 26 anos, devido a intercorrências de uma lipoaspiração. Sobre esse assunto e a segurança do procedimento, o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás (SBCP-GO), Orlando de Oliveira Neto, concedeu uma entrevista à Rádio Difusora, no dia 26.
Ele ressaltou que a lipoaspiração é uma cirurgia segura, mas como todo procedimento médico, possui riscos. “Trabalhamos com fatores imprevisíveis, mas, dentro do que temos de previsibilidade, fazemos de tudo para que a cirurgia seja segura, como seguir parâmetros e protocolos, a fim de diminuir os riscos de possíveis infortúnios”, afirmou.
O especialista também mostrou que a lipoaspiração é indicada para pacientes que possuem gorduras localizadas, mas existem as limitações. Um exemplo está nas pessoas obesas, pois o procedimento não é feito para o emagrecimento. Porém, é um pensamento comum nos consultórios, segundo ele.
“A paciente também deve estar preparada psicologicamente e entender que não é a gordura total do corpo que pode ser retirada. Existe uma margem de segurança. Além disso, são realizadas avaliações criteriosas, como a presença de comorbidades e exames físicos”, explicou o presidente da SBCP-GO, que também acrescentou a importância de escolher um hospital com os equipamentos necessários para emergências.
A escolha do cirurgião plástico
Outro ponto abordado na entrevista foi como escolher o cirurgião plástico. Orlando de Oliveira Neto orientou que o primeiro passo é buscar indicações de pessoas conhecidas que fizeram um procedimento. Depois, pesquisar sobre o médico e checar se ele é realmente apto para a cirurgia. Isso pode ser feito pelo site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e pelo Conselho Regional de Medicina.
Já durante a consulta, é preciso ter atenção ao comportamento do profissional e se ele apresenta falsas promessas. Ele também alertou para analisar as redes sociais do médico.
Uma dica é verificar se há postagens de “antes e depois”, uma atitude proibida pelo Código de Ética Médica. “O médico deve ser escolhido pelas suas recomendações e não pelo o que divulga. Afinal, essas fotos podem ser ‘maquiadas’ e ele não irá mostrar um resultado ruim em seus perfis. Enfim, não estará sendo verdadeiro com os pacientes”, afirmou.