Conselheiro do Cremesp e CFM, o médico Ruy Tanigawa ressaltou que dois dos principais motivos da judicialização dos profissionais da cirurgia plástica são as propagandas indevidas e as promessas de resultados que não dependem apenas do médico. Segundo ele, há cerca de 15 anos, o volume de ações e denúncias que envolviam a cirurgia plástica era muito grande e o CFM teve que tomar atitudes para tentar sanar a questão. Ficou identificado que a promessa por resultados era um dos principais motivos das ações. “Hoje, a quantidade é bem menor”, disse, ao destacar, porém, que os números ainda preocupam.
Com a evolução tecnológica e a expansão da internet, as redes sociais se tornaram uma das formas de comunicação mais eficientes, porém muitos profissionais usam o mecanismo para fazer uma promoção que não condiz com a ética profissional. “Usar as mídias sociais como mecanismo de promoção profissional é uma das coisas mais torpes que temos hoje na medicina. Isso faz com que esses médicos entrem de bandeja no Código de Defesa do Consumidor porque estão vendendo um resultado determinado e o paciente compra aquilo como um resultado certo”, disse o cirurgião geral Leonardo Emilio, acrescentando que a exposição de promessas em redes sociais pode confundir o paciente e levá-lo a acreditar em determinado resultado.